O ciclo FULGORES DE ABRIL propõe uma breve constelação de filmes realizados na efervescência do P.R.E.C., por artistas e cooperativas cinematográficas, em Lisboa e pelo Alentejo fora. Os filmes serão acompanhados de apresentações e de conversas para as quais gostaríamos de convidar as e os intervenientes directos na Reforma Agrária, no concelho de Odemira. Para reimaginarmos colectivamente a relação com a terra e os processos regenerativos em curso e em devir!
I.
REVOLUÇÃO
Ana Hatherly
(1975)
Super 8mm/ HD, cor, som, 11min
O belíssimo REVOLUÇÃO,de Ana Hatherly, convoca para o cinema o princípio dos seus “cartazes rasgados” e as pinturas murais por onde se disseminavam palavras de ordem nas ruas de Lisboa. Filmado em Super8 e posteriormente ampliado para 16mm, estreou na Bienal de Veneza em 1976.
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
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AS ARMAS E O POVO
Trabalhadores da Actividade Cinematográfica
(1975)
35mm/ HD, cor, som, 78 min
AS ARMAS E O POVO é o mais célebre filme da revolução portuguesa. Rodado durante a semana entre o 25 de Abril e o 1o de Maio de 1974, junta as grandes movimentações de massas aos discursos de Mário Soares e Álvaro Cunhal e a libertação dos presos políticos. AS ARMAS E O POVO é também um manifesto sobre a relação entre cinema e política, não apenas como mero difusor dos acontecimentos, mas sobretudo como participante activo do acto revolucionário.
Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.
II
PAREDES PINTADAS DA REVOLUÇÃO PORTUGUESA
António Campos
(1976)
Super 8mm/ HD, cor, som, 9 min
No seguimento da Revolução de 25 de Abril de 1974, as paredes e muros da cidade de Lisboa tornaram-se um meio para celebrar e transmitir os ideais e palavras de ordem revolucionários. O texto do pintor António Domingues exalta esta obra iniciada pela Célula dos Artistas Plásticos do Partido Comunista Português.
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
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A LEI DA TERRA
Grupo Zero
(1977)
35mm/ HD, cor, som, 67 min
A LEI DA TERRA centra-se no processo da Reforma Agrária, retratado nas suas dimensões política, social e económica, com recurso à perspetiva histórica e ao seu respetivo comentário em off a duas vozes (uma masculina e outra feminina). No contexto do cinema militante da época pós-revolucionária, A LEI DA TERRA é também exemplo de uma preocupação didática. Produzido pelo coletivo Grupo Zero, de que fizeram parte, entre outros, Acácio de Almeida, Alberto Seixas Santos, Fernando Belo, Joaquim Furtado, José Luís Carvalhosa, Leonel Efe, Lia Gama, Paola Porru, Serras Gago, Solveig Nordlund ou Teresa Caldas.
Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
III
AS DESVENTURAS DE DRÁCULA
VON BARRETO NAS TERRAS
DA REFORMA AGRÁRIA
Célula de Cinema do PCP
(1977)
?mm/ HD, cor, som, 6 min
Em forma de sátira sobre a Reforma Agrária, surge este pequeno filme com um ponto de vista muito peculiar, que se inscreve-se no âmbito de sessões de divulgação e esclarecimento sobre o trabalho do cinema desenvolvidas pela Célula de Cinema do PCP. A história das forças "vampirescas", do sangue sugado aos trabalhadores, e da classe operária que vem em seu socorro.
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
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TERRA DE PÃO,
TERRA DE LUTA
José Nascimento, Cinequipa
(1977)
35mm/ HD, cor, som, 67 min
O sistema de grandes propriedades que, antes do 25 de Abril de 1974, mantinha improdutiva a maior parte dos espaços agricultáveis, com grandes prejuízos económicos e de aproveitamento laboral. A reconquista da terra pelas massas laborais, após a revolução, com a correspondente organização colectiva e rendibilização dos recursos fundiários, em moldes de equidade social. O processo da Reforma Agrária e o seu lema globalizador:" a terra a quem a trabalha".
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Em parceria com a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, IMAGENS EM MOVIMENTO – CINEMA PORTUGUÊS EM DIÁLOGO
O Cinema Fulgor agradece a Joana de Sousa, Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema.