
Alanis Obomsawin

Em julho de 1990, uma disputa sobre a proposta de construção de um campo de golfe nas terras Kanien'kéhaka (Mohawk) em Oka, Quebec, preparou o terreno para um confronto histórico que ganharia as manchetes internacionais e ficaria gravado na consciência canadiana. A realizadora Alanis Obomsawin — às vezes com uma pequena equipa, às vezes sozinha — passou 78 dias atrás das linhas Kanien'kéhaka a filmar o impasse armado entre manifestantes, a polícia de Quebec e o exército canadiano. Lançado em 1993, este documentário marcante foi visto em todo o mundo, ganhou mais de uma dúzia de prémios internacionais e fez história no Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde se tornou o primeiro documentário a ganhar o prémio de Melhor Longa-Metragem Canadiana. Jesse Wente, diretor do Indigenous Screen Office do Canadá, chamou-o de «um filme divisor de águas na história do cinema dos primeiros povos».


In July 1990, a dispute over a proposed golf course to be built on Kanien’kéhaka (Mohawk) lands in Oka, Quebec, set the stage for a historic confrontation that would grab international headlines and sear itself into the Canadian consciousness. Director Alanis Obomsawin—at times with a small crew, at times alone—spent 78 days behind Kanien’kéhaka lines filming the armed standoff between protestors, the Quebec police and the Canadian army. Released in 1993, this landmark documentary has been seen around the world, winning over a dozen international awards and making history at the Toronto International Film Festival, where it became the first documentary ever to win the Best Canadian Feature award. Jesse Wente, Director of Canada’s Indigenous Screen Office, has called it a “watershed film in the history of First Peoples cinema.”

