Pauline Boudry/Renate Lorenz
Super16mm/HD, cor, 18‘, 2013
Seis intérpretes executam a partitura "To Valerie Solanas and Marilyn Monroe in Recognition of their Desperation" escrita pela compositora Pauline Oliveros em 1970 depois de ler o texto "Scum Manufesto", de Valerie Solanas (também conhecida por ter disparado sobre Andy Warhol).
A composição de Oliveros pede aos intérpretes que escolham cinco tons cada, e toquem tons muito longos, modulados ou não modulados. Na seção intermediária da peça, as artistas são convidados a imitar os tons e modulações umas das outras. As deixas nesta peça são fornecidas colectivamente por meio da luz - uma seção vermelha é seguida por uma seção amarela e uma azul, e há duas indicações adicionais fornecidas pela luz estroboscópica.
A peça “To Valerie Solanas and Marilyn Monroe in Recognition of their Desperation“ valoriza as possibilidades imprevisíveis e desconhecidas que poderão ser activadas pela não especificação de tons e ritmos. Nada se sabe antes de se executar a música. As instruções são escolhidas a fim de insistir em "uma circulação contínua do poder" (Oliveros) entre ouvir e soar, um dar e receber que requer, como refere Oliveros, uma atenção incomum à relação entre si e os outros.
A obra coloca a questão das possibilidades e limites de uma política das formas musicais e fílmicas. Poderão sons, ritmos e luz, produzir relações queer? Poderão estas tornar-se revolucionárias?
(Pauline Boudry / Renate Lorenz)
Lizzie Borden
35mm/HD, cor, 80‘, 1983
Num futuro onde um governo socialista chega ao poder, um grupo de mulheres decide organizar-se e rebelar-se.
(Lizzie Borden)